"Nunca se devia ficar com uma coisa bonita, assim, como que guardada dentro do silêncio perfeito do coração." (LISPECTOR, Clarice. A imitação da rosa. In: Laços de Família, 1998. P. 47)
6 de nov. de 2012
Interrompo momentaneamente o trabalho e roubo da estante 'Laços de Família' de Clarice. Me dou conta de que no caminho deixei 3 contos pra trás. Mergulho, na verdade sou tragado pelas palavras flutuantes e num instante vislumbro o fundo em que nascem suas raízes, mas compreendo no momento seguinte que atrás de morro tem morro. Estou então parado diante da majestosa árvore, olhando o tronco como se pudesse ver a seiva correndo dentro do caule. Uma sensação ardente me devora: a de que faltei aula não por trabalho mas por desejar arrancar com meu canivete uma lasca dessa árvore. Me sinto triste e belo. Ficarei esta noite (e as próximas e talvez todas as que me restam nesta vida) por decifrar isto:
"Nunca se devia ficar com uma coisa bonita, assim, como que guardada dentro do silêncio perfeito do coração." (LISPECTOR, Clarice. A imitação da rosa. In: Laços de Família, 1998. P. 47)
"Nunca se devia ficar com uma coisa bonita, assim, como que guardada dentro do silêncio perfeito do coração." (LISPECTOR, Clarice. A imitação da rosa. In: Laços de Família, 1998. P. 47)
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