Armorial
Armorial
o meu anzol
zuniu bemol rasgado
o ar enevoento de sal
o meu anzol
zuniu bemol rasgado
o ar enevoento de sal
Entre ramos de dália
lutei
por meu amor delgado
a vã batalha
e de coração ferido
tombei aos pés da minha ave
lutei
por meu amor delgado
a vã batalha
e de coração ferido
tombei aos pés da minha ave
marcando o chão da relva
Quis o tempo
que tivesse o algoz da vitória
o retarde
quando aurífero
levantei a minha fronte
mirando o sol marinho do eclipse
e dei guerra
que tivesse o algoz da vitória
o retarde
quando aurífero
levantei a minha fronte
mirando o sol marinho do eclipse
e dei guerra
Acuado no atol
invernei sob a árvore
dos seus cachos rubros
que inventavam o vento
e dormi mil anos
no seu sorriso
invernei sob a árvore
dos seus cachos rubros
que inventavam o vento
e dormi mil anos
no seu sorriso
Na partida do seu manto-esfinge
sonhei desprotegido
sob chuvas de cometas
e silêncios de arminho
sonhei desprotegido
sob chuvas de cometas
e silêncios de arminho
Quem dentre os anjos
haverá de me acordar?
haverá de me acordar?
(Diogo Borges)
Nenhum comentário:
Postar um comentário